A classificação feita por uma agência de risco reflete sua opinião sobre a capacidade e a disposição de um governo soberano para honrar, completa e pontualmente, suas obrigações relativas à dívida. Um país classificado como grau de investimento possui baixo risco associado aos seus ativos. Isso permite melhores condições de financiamento, em particular por meio da redução dos custos de captação, tanto para o setor público – pois gera nova demanda por títulos públicos vinda dos grandes investidores institucionais que possuem restrições para investimentos em países que não são grau de investimento – quanto privado - porque empresas ganham espaço para ter sua classificação de risco elevada em função do aumento do rating soberano.
Apesar de o Brasil já ser considerado investment grade na dívida interna (que representa mais de 90% da dívida pública federal), é a classificação da dívida externa que é usada como referência para definir o grau de “risco” do emissor. É em relação a esse “sinalizador” que os investidores se pautam para decidir quanto à aplicação em um país.
Tornando-se grau de investimento, o Brasil passa a ser reconhecido pela comunidade internacional, agora formalmente, como integrante de um grupo restrito de países cuja política econômica é considerada sólida e conduzida com responsabilidade. Essa classificação, dada em um momento de incerteza internacional, ratifica a posição brasileira como um dos importantes destinos de recursos daqueles que buscam segurança em seus investimentos de longo prazo, o que aumenta a certeza de continuidade.
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