O megainvestidor Naji Robert Nahas, 62, libanês criado no Egito e naturalizado brasileiro, orgulha-se de ter construído ao longo dos anos um patrimônio que é impossível avaliar em números: uma rede global de influência que vai do ex-presidente dos EUA Bill Clinton ao rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz al Saud, passando pelo empresário italiano Marco Tronchetti Provera, presidente da Pirelli. Costurando todos esses relacionamentos, Nahas cresceu e prosperou como empresário --a sua holding, a Selecta, controlava 27 negócios em áreas tão distintas como a de óleos comestíveis, a de construção civil e a de seguros. Mas foi pela controversa atuação no mercado financeiro que ele ficou conhecido. Em 1989, atribuíram a Nahas a criação de um esquema de especulação que levou à quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. De acordo com a acusação, ele comprava ações com dinheiro emprestado, vendia a si mesmo operando com corretoras laranjas e, dessa forma, fazia subir artificialmente os preços das ações. Quando, em meados daquele ano, os bancos passaram a lhe recusar crédito, o investidor deu um cheque sem fundo para honrar as transações e foi à lona, carregando consigo seis corretoras. Estima-se que o prejuízo tenha alcançado US$ 400 milhões.
Como já dizia minha avó:
"Meu filho, se for se sujar se suja com muito merda e não com pouca!"
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