Às vezes as pessoas pensam no trabalho como uma coisa ruim. O que mais vejo no Facebook e twitter hoje em dia é gente reclamando da segunda-feira e esperando ansiosamente a sexta. E sempre me dá vontade de perguntar: "Como assim, bicho? Tu odeia a coisa que mais toma tempo na sua vida?" Isso pra mim não é viver, é sobreviver.
Eu sempre procurei fazer o que gosto, o que me dá prazer. Desde o meu primeiro emprego é assim. Encheu muito a paciência? Tchau e “bença”. Minha mãe que sempre ficava bolada comigo “Meu filho, você só pode largar um emprego que não gosta quando tiver outro certo em vista!"
E enquanto isso? Fico aturando e empurrando com a barriga? Foi mal, mãe, mas esse não é seu filho. O que me enche hoje é minha faculdade: Ter que aprender com uma pessoa de 60 anos que trata aluno como se fosse gado a interpretar texto? Isso sim é um porre! Agora, faculdade você tem que aturar, senão o mercado te come, te devora. Pior ainda é viver num mercado falido, com um sistema de ensino falido e um capitalismo que tá nas ultimas, com 90% do corpo tomado por um câncer irreversível.
Hoje o que aprendo na faculdade não é usado no mundo real. É aquele papo do sistema falido. Paulo Pereira, Marcelo Crespo e Francisco Vasconcellos sim são meus maiores professores no mundo dos negócios. Aprendi mais nos meus últimos 5 meses de empresa do que os últimos 4 anos que passei na faculdade.
Mas vamos parar de reclamar da vida porque meu papel aqui é falar de música. Entrei nesse tema porque hoje na Sá Cavalcante eu sinto prazer de trabalhar e depois que aprendi com o Crespo a tratar a empresa como se ela fosse minha, a coisa ficou mais interessante ainda. Eu trabalho no estratégico financeiro, a área que era pra ser a mais burocrática, aquela que se tem que tomar cuidado com cada informação, o lugar de maior business. Quando comecei aqui, pensei "Tenho que inovar, questionar e ser dinâmico sempre." Agora você imagina um cara que trabalha numa área dessas, com esse business todo, dar uma descontraída na hora do almoço! Aqui a gente costuma fazer isso. Às vezes uma viola, às vezes uma boa conversa, às vezes brincando e às vezes até tirando um cochilo no sofá depois do almoço. Por isso digo hoje, cada vez mais, o business, a arte e o bussinesarte tomam conta do nosso dia a dia. Imagina você fazer um vídeo com roupa social, na sala do vice-presidente, tocando um violão, com seu amigo na gaita, depois colocar o youtube e espalhar no facebook pra todos, inclusive seu chefe? É... eu fiz isso.
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